quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O corredor escuro

Fui pelo hall, subir a escada me lembro de muito às escolhas erradas de um filme de terror aonde alguém sempre morria, mas quando pensei nisso fiquei feliz o ator principal nunca morria, seria eu? Nossa quanta bobagem, quando me dei por conta já estava adentro do corredor comecei a tatear a parede em busca de um interruptor quem sabe eu não havia sorte, por minha sorte encontrei, liguei e o corredor se iluminou, no primeiro momento queria que a luz não tivesse funcionado, o corredor estava todo sujo, tinha manchas vermelhas pelas paredes marcas de mão, mas a começar andar por ele percebi que havia uma lata de tinta jogada no chão e o piso todo vermelho, todas as portas estavam trancadas não acreditei, ao menos uma, (pensei comigo mesmo, por que sempre somente uma?) não importava uma já bastava pra sair daquele terror, abri a porta era um banheiro, não havia quase nada ali, apenas uma banheira velha, uma pia, um vaso quebrado, e um espelho bem grande pra o tamanho daquele banheiro, mas como aquela casa era toda estranha já nem dei tanto importância assim, mas notei algo nele, bem no canto havia escrito em cima da poeira um nome (Noel) não dei importância também meu objetivo era sair dali, avistei uma janela, estava fechada, mas o vidro era frágil e eu poderia simplesmente passar por ela, se quebrasse, procurei por algum objeto para quebrar o vidro, no meu ato do desespero peguei a primeira coisa que senti, o celular, joguei, tirei os cascos e consegui finalmente sair daquele “pesadelo” lá na estrada vi luzes de carros e me encontrei com a Maria, ela me perguntou se estava bem, disse que apesar do susto estava sim, pedi pra ela que me levasse direto pra casa dos meus pais, ela não gostou muito da ideia, mas no caminho foi me contando o que havia acontecido:

- Eu estava saindo da cidade pra ir encontra minha neta no caminho (me recordei de sua neta, linda olhos cor de mel, depois de um momento me lembrei de seu nome bárbara) foi quando eu vi que a ponte estava interditada, me encontrei com o xerife ela me contou que meus pais estavam indo me visitar e no momento que eles estavam atravessando a ponta, seu pai perdeu o controle do carro e bateu no encostamento e ela desabou, essa ponte já devia ter sido reconstruída há muito tempo, mas tu sabes com as pessoas aqui gostam da tradição e manter a história da cidade e nunca a reformaram, mas como eu lhe falei ao telefone seu pai infelizmente não aguento (ela parou por um momento e puxo um lenço do bolso e assou o nariz com lagrimas nos olhos), mas sua mãe se encontra em coma na área hospitalar aqui da cidade, amanhã já é o enterro do seu pai e depois podemos ir visitar sua mãe. Deixou-me na porta da minha casa era noite e quase não tinha luzes.

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